A revista Global Brasil surgiu a partir dos Fóruns Sociais e busca fazer um apanhado das lutas da multidão, tanto globais, quanto da América Latina e do Brasil. Em suas doze edições (a última é deste ano) estiveram presentes teóricos firmados ligados às resistências, entre eles: Giuseppe Cocco (autor de MundoBraz, companheiro de escrita de Antonio Negri), Suely Rolnik (que escreveu com Félix Guattari, Cartografia do Desejo), Ivana Bentes, Cezar Altamira, Fábio Malini. Também teóricos renomados mundialmente colaboram com a revista como Antonio Negri, Michael Hardt e Paolo Virno.
É interessante notar que são correntes na Global conceitos criados por Antonio Negri, como: multidão e Império, biopoder e biopolitica, produção do comum, projeto de democracia, entre outros. Assim poderíamos dizer que a revista assume para si uma posição Negriana.
Os temas da Global centram-se na luta da multidão, por democracia, fim das desigualdades, por direitos. O grande tema seria pensar nas possibilidades de abertura dos governos, fazendo com que eles expressem a multidão e não a represente.
A expressão da multidão a coloca em um espaço ativo, fazendo com que o Estado, como governo de poucos sobre muitos, se abra em rede a inúmeras singularidades, descentrando o poder. Por compactuar com o projeto Negriano, a revista também discute a possibilidade de governança que produza alternativa à dependência ao mercado global mundial do Império.
A Global percebe na emergência de governos de esquerda na America do Sul uma mudança que poderia abrir um campo de possíveis para a radicalização democrática; mas lúcida não se alia a partidos, ao Estado, máquina representativa, muito menos a corporações e sua falsa representatividade.
O caso do Brasil é central nas discussões. Um tema resume o posicionamento da revista, o Bolsa Família, que é exposto em inúmeras edições. Este, como em projetos parecidos na Europa e América do Norte, garante renda para os pobres. A existência do Bolsa Família significa que todos são produtivos, que a vida é levada a produzir e assim sofre capturas. Essa vida seria valorizada financeiramente.
Também a pobreza como tema se alia a um outro tipo de relação com a pobreza na Global, pois esta não tem os pobres apenas como conteúdo, mas dá espaço para eles se exporem. Na última edição, inúmeros artigos e manifestos de movimentos discutem as condições de vida nas favelas e seu enfrentamento com certas políticas públicas (a maioria); estas veem os "favelados" como vidas que não merecem ser vividas, como estorvo, como resquícios pré-modernos.
A última edição da Global Brasil está disponível aqui. Os outros números podem ser baixados aqui.
É interessante notar que são correntes na Global conceitos criados por Antonio Negri, como: multidão e Império, biopoder e biopolitica, produção do comum, projeto de democracia, entre outros. Assim poderíamos dizer que a revista assume para si uma posição Negriana.
Os temas da Global centram-se na luta da multidão, por democracia, fim das desigualdades, por direitos. O grande tema seria pensar nas possibilidades de abertura dos governos, fazendo com que eles expressem a multidão e não a represente.
A expressão da multidão a coloca em um espaço ativo, fazendo com que o Estado, como governo de poucos sobre muitos, se abra em rede a inúmeras singularidades, descentrando o poder. Por compactuar com o projeto Negriano, a revista também discute a possibilidade de governança que produza alternativa à dependência ao mercado global mundial do Império.
A Global percebe na emergência de governos de esquerda na America do Sul uma mudança que poderia abrir um campo de possíveis para a radicalização democrática; mas lúcida não se alia a partidos, ao Estado, máquina representativa, muito menos a corporações e sua falsa representatividade.
O caso do Brasil é central nas discussões. Um tema resume o posicionamento da revista, o Bolsa Família, que é exposto em inúmeras edições. Este, como em projetos parecidos na Europa e América do Norte, garante renda para os pobres. A existência do Bolsa Família significa que todos são produtivos, que a vida é levada a produzir e assim sofre capturas. Essa vida seria valorizada financeiramente.
Também a pobreza como tema se alia a um outro tipo de relação com a pobreza na Global, pois esta não tem os pobres apenas como conteúdo, mas dá espaço para eles se exporem. Na última edição, inúmeros artigos e manifestos de movimentos discutem as condições de vida nas favelas e seu enfrentamento com certas políticas públicas (a maioria); estas veem os "favelados" como vidas que não merecem ser vividas, como estorvo, como resquícios pré-modernos.
A última edição da Global Brasil está disponível aqui. Os outros números podem ser baixados aqui.
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