Falta pouco para as eleições presidenciais. Temos três opções: uma a direita, Serra, duas no centro, o poder atual e a Marina. Essas três opções (e seus atributos) são as que a mídia nos dá, pois publiciza apenas elas em suas pesquisas e debates. Também a mídia nos dá outra opção: a aliança com a esquerda dita radical. A coisa é um pouco ambígua, pois o discurso da mídia relaciona os “radicais” também a certas alas do PT; e, além disso, mesmo o PT moderado é associado ao diabo: Chaves, Cuba, as Farc.
Bem, temos essas possibilidades: os presidenciáveis legitimados, ou nos marginalizar e ficar do lado da “escória vermelha”. Porém, segundo a mídia, não temos a possibilidade de contestar a própria estrutura do Estado, hierárquico, de poucos, essa democracia representativa que reproduz dicotomias: quem domina e quem é dominado. Contestação que romperia com a dicotomia, pois colocaria Chaves, Cuba, a esquerda “radical" e os aspirantes à presidência no mesmo saco.
Seriam interessantes pesquisas sobre essas pessoas que vão anular o voto, que não são poucas, para saber por qual motivo é posto de lado esse direito, símbolo da “democracia”. Provavelmente essa posição não é limitada a um discurso derrotista do tipo: dá tudo no mesmo, tanto faz.
Muita gente vai anular o voto, pois vê no Estado, um símbolo de centro de poder, e essa gente resiste ao poder dessa forma. Só que essa resistência é vazia. Estados-nação na globalização tem poderes limitados; os Estados dominantes dividem o poder com mega-corporações, instituições supranacionais. Os Estados subordinados, como o Brasil nunca foram soberanos; muitas forças exteriores agem e sempre agiram dentro do país. No entanto o gesto de anular o voto se alia a outros que se referem ao desejo de insubmissão a poderes, ao comando, à transcendência que sujeitam a massa. Esses que assim resistem, também resistem às disciplinas, na escola, no exército, em casa, no trabalho, ou melhor, resistem na vida que o controle continuo tenta capturar.
Desde que a internet apareceu como rede de redes, rizoma de singularidades, organizações horizontais foram atualizadas, inspiradas pela comunicação de todos para todos, sem centro. Muitos se organizaram de forma mais consistente, criando projetos constituintes. Outros, mesmo com a falta de oportunidade de atuar nesses grupos, usam a internet e fazem resistência do seu jeito: buscam outros canais de informação diferentes das grandes mídias, compartilhando informações em blogs, fóruns, nas redes peer-to-peer, nos mecanismo de publicação aberta, que possibilitam a qualquer um se tornar mídia. Tudo isso cria uma rede de colaboração e parceria, muito diferente da comunicação de uma via das grandes mídias, que apenas perseguem o lucro. Estas, assim perdem sua hegemonia.
Bem, temos essas possibilidades: os presidenciáveis legitimados, ou nos marginalizar e ficar do lado da “escória vermelha”. Porém, segundo a mídia, não temos a possibilidade de contestar a própria estrutura do Estado, hierárquico, de poucos, essa democracia representativa que reproduz dicotomias: quem domina e quem é dominado. Contestação que romperia com a dicotomia, pois colocaria Chaves, Cuba, a esquerda “radical" e os aspirantes à presidência no mesmo saco.
Seriam interessantes pesquisas sobre essas pessoas que vão anular o voto, que não são poucas, para saber por qual motivo é posto de lado esse direito, símbolo da “democracia”. Provavelmente essa posição não é limitada a um discurso derrotista do tipo: dá tudo no mesmo, tanto faz.
Muita gente vai anular o voto, pois vê no Estado, um símbolo de centro de poder, e essa gente resiste ao poder dessa forma. Só que essa resistência é vazia. Estados-nação na globalização tem poderes limitados; os Estados dominantes dividem o poder com mega-corporações, instituições supranacionais. Os Estados subordinados, como o Brasil nunca foram soberanos; muitas forças exteriores agem e sempre agiram dentro do país. No entanto o gesto de anular o voto se alia a outros que se referem ao desejo de insubmissão a poderes, ao comando, à transcendência que sujeitam a massa. Esses que assim resistem, também resistem às disciplinas, na escola, no exército, em casa, no trabalho, ou melhor, resistem na vida que o controle continuo tenta capturar.
Desde que a internet apareceu como rede de redes, rizoma de singularidades, organizações horizontais foram atualizadas, inspiradas pela comunicação de todos para todos, sem centro. Muitos se organizaram de forma mais consistente, criando projetos constituintes. Outros, mesmo com a falta de oportunidade de atuar nesses grupos, usam a internet e fazem resistência do seu jeito: buscam outros canais de informação diferentes das grandes mídias, compartilhando informações em blogs, fóruns, nas redes peer-to-peer, nos mecanismo de publicação aberta, que possibilitam a qualquer um se tornar mídia. Tudo isso cria uma rede de colaboração e parceria, muito diferente da comunicação de uma via das grandes mídias, que apenas perseguem o lucro. Estas, assim perdem sua hegemonia.
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