O momento difícil da economia grega se alia a um momento político importante: a crise européia, a visibilidade da tomada de poder por países dominantes e instituições supranacionais, como UE, FMI. A atenção dada pela grande mídia à crise do país torna fácil de o observar (é claro que em canais independentes), encarando suas resistências. Não li nada sobre movimentos anarquistas se insurgindo em bloco contra o Estado em outros países – por isso focalizo nesse país. No entanto lutas anarquistas se apresentam mais globais em táticas, que sempre estão presentes nos encontros dos lideres mundiais, como os Black Blocks – o G-20 do Canadá re-afirmou isso. ´
É difícil achar noticias sobre a resistência grega, principalmente aqui no Brasil. A mídia dominante, como sabemos, simplesmente desconhece esse lado da política. Encontro com mais freqüência matérias no CMI em sua publicação aberta, principalmente nas traduções da ANA – Agência de Notícias Anarquistas – de sites do exterior. Quando tenho tempo dou uma olhada em um blog dedicado às resistências gregas, o From de Greek Streets e na A-infos, que me deixam atualizado.
É difícil achar noticias sobre a resistência grega, principalmente aqui no Brasil. A mídia dominante, como sabemos, simplesmente desconhece esse lado da política. Encontro com mais freqüência matérias no CMI em sua publicação aberta, principalmente nas traduções da ANA – Agência de Notícias Anarquistas – de sites do exterior. Quando tenho tempo dou uma olhada em um blog dedicado às resistências gregas, o From de Greek Streets e na A-infos, que me deixam atualizado.
Em uma tradução da ANA é exposta a repressão que inúmeros grupos e sujeitos estão sofrendo; processos, muitos deles acusações de assalto a bancos, seqüestros. Porém essas acusações são do Estado e da mídia, ou seja, são duvidosas, podem ser uma forma de aniquilar com os movimentos. Certamente são feitas, para destruir qualquer tipo de ação contra a ordem, o Estado, as políticas do poder global.
Em minha análise rápida, a partir de pouco material disponível, percebi três formas de resistência na Grécia: as lutas legitimadas, como as manifestações. A segunda forma concernia a práticas criativas: squats, autogestão, ocupações, expropriações. Por fim o lado suicida, as ações que levam a penas longas, o que comentei no último parágrafo. Digo suicida, pois isso nutre os meios de comunicação, e possibilita uma punição generalizada de todas as outras formas de resistência. Re-afirmo que esse lado suicida pode ser construção do Estado e mídias para levar a morte qualquer tipo de resistência.
No entanto mesmo as duas primeiras formas são duramente reprimidas: nas manifestações a polícia ataca em peso, agredindo e prendendo. Há uma imagem muito interessante em que um grupo armado de paus ou apenas com os punhos parte em direção de um bloco de policiais. Esta tática se assemelha as do Tutte Bianche. Há notícias de prisões nos squats. Como vimos em outro post a ocupação da TV pelo professores foi quase impedida pela policia. Me pergunto se esse controle maciço do Estado não gera manifestações mais violentas como os possíveis assaltos a bancos e seqüestros.
Por fim essas formas não são isoladas, se interpenetram: quem produz os espaços criativos está nas manifestações, e as manifestações envolvem criatividade – como a tática que expus acima. Quanto às resistências que se perdem na ilegalidade, vamos ver o que o tempo nos diz delas.
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