Gatinha 2
Não precisou de muito. Muito a gente já
tinha. Só que a gente deixa rolar. Isso é bom. E fica rolando. Daí, uma hora
pinta. Bom que pintou. Não que fosse a hora certa. Só que tava um clima legal.
Daí, você mostrou seu corpo, que eu já conhecia. Me deu o que eu queria. Daí,
muito bom o que você sabe fazer. E não foi o fim do mundo. Mas foi bastante.
Bastante gostoso o que você sabe fazer. E sabe muito bem o que eu quero e
gosto. E não é muito. Sem exageros. Sem muita história. Não estamos na frente
do vídeo. Nem estamos competindo. Quem sai vencedor, é outra história. Ele e
ela que se fodam; eles perdem. Só que quando rola, e tá rolando e vai
continuar... somos nós e pode ser três ou quatro, depende do
clima. Ou muitos, depende de nós. E
quando chamo você de gatinha ou baby... bem, baby gatinha, o lance é que você
tem que saber que isso tá saindo da minha boca. E tô sempre numas de dar novos
significados pras coisas. E meio que trabalho com palavras. Só que o mais
importante é meu tronco forte, minhas pernas fortes. Tudo isso acho que tá em
jogo. Você não precisa fazer muito. Já que a neurose parece que... você deixa
em casa. E você sabe que isso faz com que eu saia correndo. E acho que... você
quer que eu esteja perto. Então, baby gatinha, tô aqui. Tô por aí. Fácil me
encontrar. Encontros dos bons. Sem exageros. Sem muita arte marcial verbal; já
física, depende da lua. Bom quando a gente nem nota que tá subindo as paredes.
Só vê isso depois, porque tá bom demais. Bom assim. E acho que isso vale mais
que um diário de bordo. Aqui só umas palavras, pra lembrar o que tá rolando.
Acho o surf um esporte legal. Rola uma onda, encaixa legal, depois flui na boa.
Bom é a quebradinha na espuma. A machucadinha na areia. Ralar um pouquinho os
joelhos. Você queimadinha de sol, com a pele num bronze e não mais
branquinha.
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